Acumular competências e crescer na carreira é algo que todo profissional procura. Mas será que estamos nos desenvolvendo de fato rumo a um novo patamar? Será que estamos nos empenhando com sabedoria para atingir o próximo estágio de nossa jornada?
Acompanhe o raciocínio…
É curioso como dentro das organizações ainda existe uma certa hostilidade entre os colaboradores que já estão há mais tempo na empresa, porém no mesmo patamar, sem qualquer promoção ou crescimento, contra aqueles que praticamente “chegaram ontem” e já estão conquistando seu espaço, ocupando novas funções e sendo melhor remunerados em comparação aos funcionários “prata da casa”.
A frase “Os últimos serão os primeiros” é um fato que ocorre dentro das organizações e por isso muitos profissionais se sentem injustiçados quando um novato ocupa um novo cargo e atinge um piso salarial maior e melhor que o dele.
Para explicar esse acontecimento, antes de tudo, quero te mostrar os perfis de dois profissionais “prata da casa” que jamais se tornarão bem-sucedidos, que não serão promovidos a outros cargos e muito menos obterão um aumento de salário:
- Aquele que só faz o que é solicitado;
- Aquele que não faz nem o que lhe é solicitado.
No decorrer de minha carreira, acompanhei o caso de vários funcionários insatisfeitos que reclamavam com seus líderes por um aumento de salário, além disso, questionavam o porquê de um colega ter sido promovido e não ele, uma vez que ele já estava na empresa por longos anos.
Vejam este exemplo onde um executivo, um pouco inquieto, relatou:
– Já faz algum tempo, está acontecendo uma situação delicada dentro da corporação e preciso de sua ajuda!
– Existe um burburinho que está me incomodando e ele só aumenta. Estão dizendo que não é justo o que acontece aqui na empresa, e que o funcionário X recebe alguns privilégios em comparação aos demais, só porque em pouco tempo ele já recebeu duas promoções. Entretanto, em meu ponto de vista e de meus sócios, o funcionário X é realmente prestativo, soluciona nossas demandas sem que ao menos tenhamos pedido. Inclusive, ele entende as nossas necessidades e faz além do que esperávamos dele.
Para mostrar ao executivo de que sua postura de promover o funcionário X era a correta, foi proposto uma dinâmica entre os dois envolvidos: o colaborador W, (que ganhava três vezes menos e tinha 10 anos de empresa) e o colaborador X (aquele que foi promovido por duas vezes, ganhava o triplo e tinha somente três anos de empresa).
A intenção era acabar de vez com aquela situação desarmoniosa e ainda provocar-lhes uma reflexão. Então chamaram o colaborador W e disseram-lhe:
– Nós queremos oferecer um café da manhã para os colaboradores na próxima sexta-feira. Será que você poderia ir até a padaria ao lado e ver se eles têm pão de frios?
Rapidamente o colaborador W foi fazer o que lhe pedimos. Tempos depois ele voltou e disse: – Tem pão de frios!
Então lhe questionei: Mas tem o suficiente para todos nós?
– Hum… Isso eu não sei te responder! Disse o colaborador W.
– Se não tiver pão de frios, tem alguma outra opção? Perguntei.
-Hum… Isso eu não sei! Disse ele outra vez.
– E você verificou se eles entregam aqui na empresa e o valor? E mais uma vez o colaborador W disse: – Eu não sei!
Em seguida pedi que chamasse o funcionário X e fiz as mesmas solicitações a ele… Nós queremos oferecer um café da manhã para os colaboradores na próxima sexta-feira. Será que você poderia ir até a padaria ao lado e ver se eles têm pão de frios?
E lá foi X em direção da padaria… Depois de alguns minutos ele retornou e dizendo: – Tem pão de frios para sexta-feira! Além disso, tem o suficiente para todos os participantes do café. Então aproveitei e perguntei o preço, veja aqui estão os valores descritos neste folheto.
Aproveitei e perguntei se eles entregavam. Caso vocês decidam pela compra, eu mesmo ligarei e farei o pedido a eles. Deixei o meu nome e uma suposta reserva, a confirmar. As formas de pagamento para esta quantia de pães de frios também estão descritas no folheto. Mais tarde passo aqui novamente e pergunto o que decidiram, até mesmo para lembrá-los da decisão.
Perplexo, imóvel e envergonhado o colaborador W pediu licença e se retirou da sala de cabeça baixa. Certamente ele entendeu o porquê o colaborador X havia recebido duas promoções e ganhava três vezes mais do que ele.
O café da manhã acabou acontecendo de fato e rendeu boas reflexões a todos.
Eu mesmo perdi as contas de quantas vezes entrei em algumas lojas e me deparei com colaboradores do perfil: “Hum… Eu não sei te responder”!
Colaboradores que faziam apenas o que lhe pediam, que estavam estacionados no mesmo cargo há muitos anos estagnados e sem nenhuma motivação, só reclamação.
Profissionais que desejam aumento, promoções e novos cargos, mas que não estão dispostos a fazer mais do que o solicitado. Profissionais que se contentam com seu piso salarial e nunca fazem nada para mudarem ou evoluírem e ainda difamam aqueles que progridem a sua volta, são funcionários que jamais se tornarão bem-sucedidos.
E você? Em qual perfil você se encaixa? Preste atenção e até a próxima!
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