Nas últimas semanas, acompanhamos um dos maiores e mais esperados eventos mundiais na área esportiva: as Olimpíadas de Tóquio.
Uma apresentação que emocionou, nos fez vibrar e sorrir outra vez, após tanto choro, dor e sofrimento em virtude do isolamento e de tantas perdas por causa do Covid-19.
Fomos privilegiados com diversos espetáculos brasileiros e internacionais de atletas que deram o sangue para subir ao podium e conquistar medalhas para o seu país, dentre eles destaco, a skatista Raissa Leal, a fadinha, um prodígio de 13 anos, uma celebridade dos canais digitais que ganhou maior destaque em sua área e teve um final feliz em seu “conto de fadas”, o potiguar (RN) Ítalo Ferreira, que deu um show no Surf e Rebeca Andrade que levou 2 medalhas na ginástica olímpica.
Nos maravilhamos com tantas histórias de resiliência, superação e dedicação, que nos mostra o quanto é possível atingir os nossos objetivos, propósitos e sonhos, desde que haja perseverança, paixão e força de vontade. Além disso, aprendemos algumas lições que podemos também aplicar em nossas rotinas como profissionais e líderes.
- Faça o que você pode fazer com as condições que possui no momento e vá melhorando conforme as condições forem melhores. Nossos atletas não possuíam as melhores condições, mas foram lá para dar o seu melhor.
- Tenha coragem para mudar o plano, pois nem sempre as coisas seguirão como você planejou inicialmente. Vimos que o mar prejudicou Gabriel Medina, mas favoreceu Ítalo Ferreira no surfe, assim como fez com que a dupla feminina brasileira nas velas, Martine Grael e Kahena Kunze, mudassem a direção de sua embarcação e com isso conquistassem o ouro olímpico.
- Entenda que mesmo estando bem treinado, você não vai ganhar todas as competições. O que dizer de nossa seleção de vôlei masculino? Super bem treinados, excelentes profissionais, mas isso não nos garantiu medalha dessa vez.
- Cuide da saúde física, mas não menospreze a saúde mental. Seja no esporte como no mundo corporativo, a pressão por melhores resultados e por bater marcas é incessante. O que estamos vivendo nos últimos meses com a pandemia e isolamento social, trouxe perdas e impactos emocionais fortes, por isso precisamos tanto cuidar de nossa saúde física como mental.
- Lembre-se que existem outros atletas (profissionais) tão bons ou melhores que você lá fora. Siga se desenvolvendo. Nossa seleção feminina de vôlei deu show, mas mesmo assim não levou o ouro, ficando com a prata, um ótimo resultado, mas que teve gosto de derrota. Precisamos entender que existem outros trabalhando muito também para chegar ao topo, por isso não podemos parar de nos desenvolver.
Traga a memória o que traz esperança
Por fim, trago uma reflexão sobre o papel do líder que não é apenas o de cobrar resultados, mas também o de lembrar o time daquilo que gera esperança em seus corações. Devemos falar sobre o percurso que já trilharam outrora, o quanto já superaram limitações, como saíram de uma condição para outra, mesmo diante de metas elevadas. Inclusive, este é um dos maiores segredos de motivação para uma equipe que está abatida: trazer à memória uma lembrança positiva, um desempenho louvável ou superado. O líder que ressalta as qualidades do time diante das adversidades, promove a confiança necessária para enfrentar a próxima fase que também pode ser turbulenta.
Além disso, não mostre medo diante dos grandes, dos melhores, dos mais potentes. Lembre-se da metáfora do coelho e da tartaruga, nem sempre o melhor e mais provável é o vencedor. Tem horas que a equipe só precisa ouvir do líder: “Os caras podem ser grandes, mas nóis é ruim!”. – Bruno Fratus (Nadador das Olimpíadas de Tóquio 2020).
O líder que desenvolve sua inteligência emocional e resiliência, é capaz de levar o seu time para o outro lado da margem, mesmo que tenha que nadar 10km como nossa querida atleta, Ana Marcela.
Espero que tenham gostado. Abraços e até a próxima!
Marcelo Simonato
@marcelosimonato.oficial
www.marcelosimonato.com